terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Original Olinda Style - Eddie no Studio SP



Eu sou fã dessa banda. Os caras tem 20 anos de carreira, são de Olinda-PE, expoentes do Mangue Beat junto com Chico Science e Mundo livre S.A., tem quatro discos lançados, sendo três de forma independente e fizeram o último show deles esse ano em São Paulo neste final de semana no Studio SP.


O show teve mais de duas horas e o repertório é muito bom. Vai do rock cheio de guitarras distorcidas de Quando a Maré Encher, passando por "reggaezinhos" como O Céu e Sentado na Beira do Rio e até versões de Wanna Be Sadated dos Ramones e Retrato de um Forró de Luiz Gonzaga sem falar no frevo que é marca registrada deles. Só que desta vez não tocaram Nantes do Beirut (rs)




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Texto bacana sobre Eddie retirado do My Space da banda:
http://www.myspace.com/bandaeddie

Olinda, 1989. Datar como de costume, como de costume, na Marim dos Caetés, quebrada-cenário de nossos manuais de história e chapações. “Lembra quando Nassau...? E daquela cachaça?” Duvido! Mas, recordo que foi neste ano que ouvi Pixies+Ramones+Dead Kenneds+frevo, entre outros pesos e bossas, ecoar na rua do Sol (salve o velho Pocolouco!). Todos liquidificados num só nome: Eddie. A verdade é que desde o fogo holandês que varreu a velha vila, não se via tanto calor, transformado agora em massa sonora. Olinda e seus arredores, ainda pré-manguebeat, traduzia sua pegada, seus tipos, seus desejos, em 3 acordes e muita maloqueiragem - o Original Olinda Style em seu legítimo cavalo... Mas as labaredas do incêndio, desta vez, não ficaram só por ali. Propagaram-se pelo mundo nas turnês da banda pelo Brasil e pela Europa (2005, 2006, 2007). Espalharam-se também através dos seus 4 registros em discos, tocados nos mais dignos sound-systems: Sonic Mambo (Roadrunner, 1998), Original Olinda Style (independente, 2002), Metropolitano (independente, 2006) e Carnaval no Inferno (independente, 2008). Hoje, depois de várias formações, a Eddie é composta por Fábio Trummer (guitarra & voz), Urêa (percussão & voz), Andret (trompetes, teclados & samplers), Kiko (bateria) e Rob (baixo), contando sempre com a parceria especial de Erasto Vasconcelos, o verdadeiro farol de Olinda. Um escrete com sonoridade própria, cheia de grooves peculiaríssimos e experimentações inflamáveis. Capaz de incendiar até o mais frio dos terreiros do velho mundo, de levantar o fogo morto de ritmos quentes abafados pelo discurso da tradição, como o próprio frevo (o hit “Quando a maré encher” é frevo, meu bem!), entre outras façanhas infernais. Fica, então, o alerta: a Eddie é combustão certeira. Cuidado, principalmente se você brinca com álcool... Por Roberto Azoubel, a.k.a. Doutor Estranho (http://www.doktorestranho.blogspot.com/)





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